Em meio a dores, cicatrizes, desamores e esperanças, curvo-me a solidão, maldita solidão que insiste em se fazer presente mesmo que esteja em meio a dezenas de pessoas. Pensamento clichê, pois é maldito clichê, tão real e atual nos dias modernos.
Tão angustiante que cada vértebra do meu corpo se contorce a revivê-lo, mas os malditos clichês já não podem mais ir embora, eu me adaptei a eles, todos se adaptam sempre.
Será errado isso? Se tornar tão cômodo a algo que por mais que o mesmo não te faça bem o comodismo simplesmente não te deixa afastar-se, oras maldito comodismo que insiste em não deixar-te viver além do comum, não te deixa fugir da rotina alias maldita rotina que mesmo com o livre arbítrio te faz prisioneiro, te faz enlouquecer, você se torna preso em sua liberdade e assim segue o fluxo, tudo parecendo perder o seu sentido, dores ressurgindo, cicatrizes não fechadas, feridas que nem ao menos a esperança as fazem doer menos. E assim me pego novamente curvando-me a solidão, está creio que nunca me abandonará, e aturdido em meus pensamentos, só imploro e espero que pare de doer.
(Davih Leite & Giovana Pacini)
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