Você olhou nos meus olhos
dizendo que tudo estava confuso,
deixando entender que o amor poderia nao ser
o que sua boca sempre pronunciará.
Uma lagrima minha escorreu, eu lembro
que a dor parecia controlada, não via possibilidade
de ser verdade o que sua voz declarava,
eu te amava mais que tudo na minha vida.
Controlado eu entendi a questão, era passageiro
na minha tola concepção de relacionamento,
tranquei meu lamento, mas você sorria,
ironia do destino, queria me pregar uma peça, pensei.
Corri pra minha casa e pedi a Deus para deixa-la comigo,
dediquei-me a criar ideias para fazer-te me amar,
tolice minha pensar que seu amor fosse verdadeiro,
pensar que você dedicaria sua vida pra mim.
Voltei ao seu encontro um milhão de vezes
chorando, gritando, louco, calmo, eu voltava sempre
esperando que sua resposta mudaria, que o amor existia,
que o "eu te amo" fosse falado um dia por seu coração.
Maldita paixão eu gritava sozinho em meu quarto,
não bastava suas mentiras, mas você me batia
com palavra, dizia que tudo foi horrivel ao meu lado,
pobre homem apaixonado, minhas lagrimas já formavam um rio.
Sem me contentar buscava explicações, isso nao podia acontecer,
pessoas ao meu redor pareciam tambem não compreender,
você me prometera que teriamos uma vida maravilhosa
buscando nossos filhos na escola, juntos, beijos ao anoitecer.
O tempo obrigatoriamente passou abrindo meus olhos
que se negavam a entender que ele deveria ver a verdade,
doia ver como desenrolava seus atos, como tudo pra ti era facil,
como criei alguem que nunca realmente existiu.
Tudo foi ficando claro, escutei melhor, percebi
que amei um alguem que eu criei para amar e me entregar,
Você não era nem metade dos meus sonhos criativos,
sua frieza congelou meu peito por completo em relação a o você verdadeiro.
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