O
frio daquela noite de maio combinava muito bem com a frieza daquele olhar que
me dizia adeus, a capacidade de desapego surpreendia-me, eu mal podia acreditar
que eu convivera tanto tempo com alguém que eu nem ao menos conhecia.
Minhas
lagrimas diante de tal semblante cálido e monótono pareciam algo corriqueiro,
que ela sempre enfrentara, minhas juras e o meu implorar não mexiam se quer um músculo daquele
rostinho que eu tanto afaguei.
A
noite eu buscava o sono constantemente, eu me lembro que seu nome vinha sempre
na minha mente, seu sorriso naquele momento no meu coração se traduzia em mentiras bem
contadas, eu não
conseguia acreditar em todo o tempo que convivi com alguém que apenas julgava
saber o nome completo.
Doeu
de uma forma que não encontro
palavras pra expressar, eu me lembrava de todas as vezes que eu não desejava mais continuar junto,
mas ao ver lagrimas eu voltava atrás e dava mais uma chance ao “suposto” amor,
no entanto dessa vez não fui eu
quem cansou, engraçada a
vida, eu que dei tantas oportunidades e ali não receberia nenhuma.
Buscava
saídas constantemente, mas o que eu via era uma beleza frígida, era outra
pessoa que estava ali me tratando como se fosse normal aquele fim cruel.
Sim
eu enxergava meus erros, eu enxergava que era minha vez de receber uma nova
oportunidade, era minha vez de ter outra chance. Mas o frio de maio parecia
somente esfriar mais o egocentrismo, eu estava ali, caído, sem forças, sozinho procurando respostas
naquele caso tão mal
sucedido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário