Soneto do Inesperado talvez evidente final.

Sem ao menos entender o sorriso desfigurou-se
Na mais terrível caricatura de sofrimento,
No mais perfeito desejo perpetua afundas-te
Em pequenas discórdias de grande descontentamento.

Eternas noites quentes converteram-se em geladas
tais quais maciças de solidão e despeito.
Oferecendo blasfêmias injustas e lagrimas cálidas
No maior desprazer da aversão.

O amor dito eterno agora apenas terno
Acende ânimos opostos em cada parte,
Fique implora um alguém, a um algum foste tarde.

Na inadimplência de juras perenes
Encontram-se pretextos incabíveis e farpados,
A algum era o provável, a alguém inesperado. 

 (04:26am)

21/09;2012