Entrar na vida de alguém nos tempos modernos é quase ter hora marcada
para sair, até no tubo do creme dental está escrito a proteção por 12 horas,
alguns desodorantes dão conta do recado por 48 horas e isso vale para as
embalagens alimentícias e quase tudo, consumir fora do prazo pode te acometer a
uma bela indigestão. Acontece meu caro, que o assunto aqui é romance.
O romance vem sendo massacrado pela era da velocidade e da tolerância
zero. O amor que antes era comparado ao ouro passado pelo fogo para ser purificado,
hoje não resiste a qualquer brisa que passa. O dia-a-dia e os defeitinhos do
outro são motivos suficientes para desbancar as promessas matrimoniais: “na
saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza”. Quem
dirá a audácia do: “Até que a morte nos separe”.
Não se doar é a defesa mais racional, é melhor ficar na superfície
do que mergulhar de fato. O medo de vivenciar uma relação pode nos fazer decair
em pouco tempo da posição de protagonista, para um mero figurante na vida do
outro.
Pretendo fazer algo sobre o assunto em breve ;)
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